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Depois de cantar Marceneiro em 2017 e de ter gravado com o pianista Mário Laginha "Aqui Está-se Sossegado" em 2019, o fadista volta aos discos de originais com "Horas Vazias", seis anos depois de "Infinito Presente". O novo álbum é editado esta sexta-feira e foi apresentado com um fado escrito por Pedro Abrunhosa. "Que Flor Se Abre no Peito" foi a primeira amostra de um novo disco de Camané que inclui clássicos, fados tradicionais e inéditos como o de Abrunhosa, mas também de Jorge Palma, Sérgio Godinho, Vitorino, Amélia Muge, e Carminho. Em "Horas Vazias" também se encontra "Aves Agoirentas" cantadas por Amália Rodrigues em "Busto" no início dos anos 1960 ou a "Marcha de Alcântara", de Vitorino, do final dos anos 1980.
Há ainda o Fado Rosa com poema de Sebastião Cerqueira: "Às Vezes há um Silêncio", gravado só com a voz de Camané e o saxofone de Ricardo Toscano.
"Horas Vazias" é composto de 16 fados cantados por Camané com a produção de Pedro Moreira e a companhia habitual de José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola de fado e Carlos Bica no contrabaixo.
Na alma fadista também cabe o saxofone de Ricardo Toscano, o acordeão de João Barradas e um sexteto de cordas, no final do disco, em "Havemos de Nos Ver Outra Vez", um tributo a nomes como José Mário Branco ou Carlos do Carmo que, apesar de terem partido, não deixam sempre de estar muito presentes.
Ouça a reportagem, com o trabalho técnico de Pedro Picoto.
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