- Comentar
Da Amazónia a Mértola, há a partir desta quinta-feira uma Casa Flutuante na qual podemos navegar, levados pela corrente do cinema português. O filme realizado por José Nascimento estreia esta quinta-feira, e é dedicado à Floresta Amazónica, a todos os índios que lutam pela sua preservação e a todos os outros que com ela mantêm uma relação de amor.
É ali que bate o coração de ARACI...
"Quando a minha mãe tinha a tua idade, e vivia na tribo, chegaram os seringueiros, esses sanguessugas do rio. Eles continuam desmatando, destruindo a floresta." A voz da actriz Carolina Virguez flui, como as águas de um rio.
Ouça aqui na íntegra a entrevista conduzida por Teresa Dias Mendes e com sonorização de Margarida Adão.
A actriz colombiana, naturalizada brasileira, é a voz e o rosto de Araci, que após a morte da filha, assassinada por fazendeiros numa aldeia da Amazónia, chega a Portugal com o marido português: "A Carolina foi um achado, uma ligação absoluta à personagem", revela José Nascimento, o realizador português que assina o argumento em coautoria com Ana Pissara.</p>
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Ate Mértola, há todo um mundo que flutua o imaginário do realizador, antes de embarcar na Casa Flutuante, que esta quinta-feira estreia nos cinemas portugueses. A devastação da floresta, a memória da colonização, e o mundo interno de Araci "que não pode transportar a floresta, mas vai e vem, navegando na sua própria casa".
Da banda sonora assinada por Flak aos personagens que habitam a "Casa Flutuante", é uma longa viagem, percorrida aqui na entrevista de Teresa Dias Mendes, com sonoplastia de Margarida Adão, ao realizador José Nascimento e à actriz Carolina Virgüez.