Pulmão no Teatro Meridional, com Benedita Pereira e Tomás Alves

Dois atores convidam o público a partilhar os dias de espetáculo em Lisboa.

Um casal dá voz a uma geração. Sozinhos em palco, os dois atores conversam e viajam sobre o tempo. Tudo começa por um bebé. A ideia de ter um bebé. A partir daí manifesta-se o estado de ansiedade e de incerteza económica, social, política e ambiental, que o mundo lhes oferece. O texto é do dramaturgo britânico Duncan Macmillan. A encenação de Ana Nave com dramaturgia de Cristina Carvalhal. Em palco estão a atriz Benedita Pereira e o ator Tomás Alves. Pulmão está de 7 a 18 de Dezembro, no Teatro Meridional, em Lisboa.

Um relógio de gelo. O único adereço em palco vai derretendo nos ponteiros das palavras que o jovem casal troca ao longo de hora e meia. Estão sozinhos o tempo todo. E embora não saiam daquele espaço marcado nas tábuas do palco, é duma viagem que se trata. E do tempo que acelera o ritmo e o fôlego no texto assinado pelo dramaturgo britânico. Benedita Pereira e Tomás Alves amparam-se, sem beber uma gota de água. E o relógio de gelo vai perdendo a forma e a noção de tempo dissolve-se com a ideia de ter um bebé. É o gatilho para a viagem.

Em entrevista à TSF, os dois atores convidam o público a partilhar os dias de espetáculo em Lisboa, a partir desta noite e até 18 de dezembro "depois logo se vê, ainda não temos nada", confessa Benedita Pereira, o motor da explosão desta peça que viu pela primeira vez em Londres, ainda grávida. Aí nasceu o desejo de viver em palco, a viagem deste jovem casal, mesmo tendo o texto já conhecido outras adaptações nacionais. A sinopse deixa perguntas: Quanto estamos dispostos a ceder para salvar o espaço comum que habitamos? Ainda iremos a tempo? A tempo de quê? A atriz Benedita Pereira tem uma certeza "é das coisas mais bonitas que já fiz em palco".

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