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A partir deste sábado, às 11h da manhã, e sempre no quarto sábado de cada mês, a Fragata D. Fernando II e Glória vai dar a possibilidade aos visitantes, de verem um teatro. A ideia é passar pela experiência de ser um marinheiro do século XIX.
A embarcação da Marinha Portuguesa, agora atracada em Cacilhas, na margem Sul do Rio Tejo, já passou um pouco por tudo: tempestades, exposições e acolheu jovens carenciados. Recebe visitas desde 2017.
Peixoto de Queiroz é o comandante da fragata há 5 anos e conta à TSF que a visita, agora com uma nova dimensão, vai deixar de ser "contemplativa para ser participativa".
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O "marinheiro Sardinha", ator que vai estar presente na fragata aquando das visitas, vai interagir com os visitantes e realizar determinadas atividades: "Fazer nós, busca ao tesouro. É uma aula de história participativa".
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A Fragata D. Fernando II e Glória foi construída na Índia e começou a navegar em 1843. Desde então já passou por vários pontos do globo. O comandante Peixoto de Queiroz nomeia-os: "Esteve na Índia, esteve em África, esteve na Madeira, esteve nos Açores. Fez 100 mil milhas, ou seja, 5 voltas à terra. Navegou por mares que, atualmente, não são muito usuais".
Na década de 40, a fragata deixou de estar ao ativo. Passou a ser sede da "Obra Social da fragata D. Fernando", como conta o comandante. Segundo a página da Marinha, era uma "instituição de acolhimento de jovens com fracos recursos, os quais apreendiam instrução escolar e treino de marinhagem".
Em 3 de abril de 1963, a fragata foi alvo de um incêndio. Acabaria, entre 1990 e 1998, por ser recuperada para estar em exposição na Expo 98 e para comemorar os 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.
A fragata está há 15 anos atracada em Cacilhas, em Almada, e recebe visitas desde 2007. No quarto sábado de cada mês, vão passar a ser imersivas. O início está marcado para as 11h. Os bilhetes são vendidos online, no site da Marinha.
A quarta fragata mais antiga do mundo, ainda visitável, tem um novo capítulo nos seus 180 anos de vida.