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Convocam Pirandello para mostrarem que as personagens querem ter o poder da realidade.
Joel e Catarina, um casal, numa casa de campo, confinados, é a pandemia. Joel é Joel Neto, Catarina é Catarina Ferreira de Almeida, um casal que se confinou, há muito nos Açores. Nunca poderemos saber onde está o que é real e o que é ficcional.
Numa casa de campo, um homem e uma mulher, confinados, são convocados para escrever uma peça de teatro a duas mãos, um casal em crise, palavras escritas que não são ditas em voz alta, Luísa Pinto é convocada para encenar esta peça.
Entre o casal, por vezes o humor e a crueldade, mostram uma vida a desgastar-se, é a pandemia, é confinamento. Não poderemos saber quem são, porque os próprios parecem ter perdido a identidade, entre o real e a personagem com o mesmo nome.
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Convocam a rádio, com os sinais, do jornalista da TSF, Fernando Alves, que dá caminhos, que faz um mapa de palavras por onde seguem, se nunca parecer apenas um som em fundo, que vai interpelando o texto.
O teatro, o cinema a rádio a televisão a internet, todos são convocados para este palco, as personagens para além do casal querem ser elas a realidade e por isso convocam Pirandello.
Nunca Vi Um Helicóptero a Explodir tem antestreia amanhã, sábado, 27 de março de 2021, dia mundial do teatro, em Angra do Heroísmo, com publico. Com estreia marcada para Famalicão, em abril.