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"Vacina" é "A Palavra do Ano" 2021, escolhida por 45,4% dos cerca de 35.000 internautas que participaram na iniciativa da Porto Editora (PE), divulgou esta terça-feira esta casa editorial.
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"Vacina" encerrava a lista das dez palavras candidatas que esteve em votação 'online' durante todo o mês de dezembro do ano passado. A justificação da escolha da palavra foi a seguinte: "Desenvolvidas em tempo recorde, as vacinas tornaram-se a maior arma contra a Covid-19 e Portugal é um dos líderes mundiais na sua inoculação".
A palavra obteve cerca de 15.000 votos, segundo dados da PE, que fez esta terça-feira a divulgação dos resultados nas suas instalações no Porto.

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"A vacinação contra a Covid-19 marcou o ano de 2021, não só pelo sucesso do processo que colocou Portugal num lugar cimeiro a nível mundial, mas também porque permitiu a redução do número de vítimas da doença e o alívio das restrições a que os portugueses foram sujeitos", refere a PE.
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Para Joana Branco, da Porto Editora, os portugueses viram na palavra um significado que vai além do dicionário.
"Isto espelha aquilo que foi o ano da maioria dos portugueses, que ficou muito marcado pela vacina ou porque o processo de vacinação foi um sucesso e colocou Portugal num lugar cimeiro da vacinação. Mas também porque permitiu a redução muito significativa do número de vítimas da doença de Covid-19. Obviamente que a palavra vacina não diz apenas respeito à Covid-19, mas está muito ligada a esta doença e também ajudou e permitiu o alívio das restrições a queos portugueses estavam sujeitos", explicou à TSF Joana Branco.
Ouça as declarações da Porto Editora à TSF
Esta terça-feira, a cerimónia de divulgação da palavra vencedora contou com a participação do diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de S. João, no Porto, António Sarmento, que foi o primeiro cidadão a ser vacinado em Portugal contra a Covid-19, em 27 de dezembro de 2020. Não se mostrou surpreendido com a escolha desta palavra, já que a eficácia das vacinas foi comprovada ao longo de 2021.
"É muito fácil as pessoas serem vacinadas, as vacinas são muito acessíveis. As pessoas viram o antes e o depois há muito pouco tempo e sentem que os seus filhos estão protegidos com isso e que elas próprias também foram. Não me admira nada que tenha sido essa a palavra escolhida e isto também serve de para auscultar o nosso sentir e o sentir de um povo é sempre uma coisa muito importante", afirmou António Sarmento.
Ouça as declarações do diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de S. João
Em segundo lugar, na eleição d'"A Palavra do Ano", ficou "resiliência", com 30,5% dos votos e, a fechar o pódio, "teletrabalho", que arrecadou 9,2% dos votos.
Atrás ficaram as palavras "bazuca", "criptomoeda" e "podcast", respetivamente com 6,5%, 2,9% e 1,9%. No 7.º lugar, ficou "orçamento" (1,4%), seguindo-se "mobilidade" (0,9%), "apagão" (0,7%) e "moratória" (0,6%).
Para o grupo editorial a escolha d'"A Palavra do Ano" reflete "o quotidiano da nossa sociedade em cada ano; os factos, os hábitos, os acontecimentos, as tendências e as preocupações coletivas".
"Vacina" sucede a "saudade", eleita em 2020. A iniciativa da PE teve início em 2009, ano em que venceu "esmiuçar". No ano seguinte a vencedora foi "vuvuzela", em 2011, "austeridade", em 2012, "entroikado", em 2013, "bombeiro". Em 2014, a vencedora foi "corrupção", em 2015, "refugiado", em 2016, "geringonça". Em 2017, "incêndios". Em 2018, "enfermeiro" e, em 2019, "violência doméstica".