West Coast Man descobriu o amor e a inspiração em Paredes de Coura

Pedro Costa atua esta tarde no festival para apresentar primeiro EP.

No derradeiro dia do Vodafone Paredes de Coura, o festival dá palco a West Coast Man, um projeto de indie/folk criado por Pedro Costa, um jovem cantautor de Vizela que encontrou na aldeia courense de Rubiães o amor e a inspiração para compor.

"Tive sempre no meu imaginário ter a minha casinha no monte, estar no silêncio da serra e ter o meu espaço e a minha liberdade para criar. Quando encontrei isso tudo, fugi para aqui", explicou à TSF. Pedro Costa vive com a mulher Marlene Castro à entrada de Rubiães, a pouca distância do centro da vila de Paredes de Coura.

"A parte mais interessante desta história é que hoje estou em Coura por causa da minha primeira música. A Marlene ouviu o "Bird Soul" e gostou tanto que fez o Caminho de Santiago todo a ouvi-la. Depois, lá ganhou coragem de me contactar, começámos a falar, e eu pus a mochila nas costas, vim cá ter e nunca mais daqui saí", conta.

A terra do festival já não era estranha ao músico. "Já venho ao Festival de Paredes de Coura há sete anos e sempre foi muito especial. Já vivi grandes momentos e grandes histórias com os meus amigos e é sempre especial", elogia Pedro Costa, recordando os concertos de Tame Impala, Beirute, Father John Misty e Fleet Foxes, "uma das minhas bandas preferidas".

À conversa juntam-se "Torga", o serra da estrela assim batizado em homenagem ao poeta predileto de Marlene Castro, e a Carolina, a cadela de pequeno porte "que encontrámos na rua", a que se juntam dois cavalos e um gato. A mulher do músico, professora, já viveu em Londres, Madrid e Timor, tem mestrado em artes cénicas, mas atualmente gere "O Ninho", a casa onde vivem e que é, simultaneamente, um albergue privado de apoio a peregrinos, projeto que nasceu após ter feito o Caminho de Santiago. "Quando cheguei a casa com esta ideia, a família concordou e assim nasceu o "Ninho". A minha paixão era viajar, não tanto trabalhar (risos) mas o albergue de certo modo também me permite isso, estar com pessoas do mundo inteiro diariamente", revela Marlene Castro.

O projeto West Coast Man, que já esteve no Festival para Gente Sentada, em Braga, no ano passado, estreou o seu primeiro single "Bird Soul" em 2016, "que fala sobre esta coisa de querer estar noutro lugar, de viajar, esta vontade de andar sempre de mochila às costas", e em 2018 foi lançado o primeiro EP.

West Coast Man "traz-nos sons que cruzam a ruralidade com as harmonias urbanas com canções doces, arrojadas e irreverentes" e apresenta-se "num concerto intimista" no palco Jazz na Relva do Vodafone Paredes de Coura, a partir das 15 horas deste sábado.

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