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O presidente da câmara municipal da Maia revelou esta terça-feira que os 300 postos de trabalho que a Adidas mantinha até aqui na Maia "vão ser deslocados para a Índia", tendo a empresa a intenção de reconverter "muitos" dos funcionários que já tem em Portugal.
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António Silva Tiago reconhece ter sido "surpreendido ontem pela comunicação social" acerca do despedimento de 300 pessoas e revela que chegou à fala com o responsável da Adidas na Maia, Carlos Guimarães, esta manhã.
"Confirmou-me essa realidade e tranquilizou-me, dizendo-me que estava a envidar todos os esforços no sentido de que esses 300 colaboradores - os postos de trabalho, segundo percebi, vão ser deslocados para a Índia - vão ser muitos deles reconvertidos em novas tarefas, novos trabalhos de que a Adidas necessita e, até junho de 2023, os lugares irão ser todos eles compensados e até escalar em maior numero", revelou o autarca em declarações aos jornalistas numa conferência de imprensa.
Reconhecendo "muita pena" pelo sucedido na empresa, António Silva Tiago garante que "fará tudo o que puder" para "acompanhar de perto toda a transição e para que tudo corra da melhor forma".
A empresa alemã, que emprega 900 pessoas na Maia, garante ter a vontade de "incrementar a atividade" no concelho, criando mesmo "novas oportunidades". Silva Tiago garantiu que o "hub que existe na maia da Adidas é para continuar e é para ser incrementado".
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Questionado sobre se havia efetivamente garantias de que os colaboradores afetados iriam ser novamente recrutados pela multinacional, Silva Tiago admitiu que não: "Não há certezas, nem que houvesse não era eu a pessoa indicada par dar essa garantia, porque eu sou somente o presidente da Câmara da Maia, não sou o responsável pela Adidas", respondeu.
Sobre os impactos na região deste despedimento, o autarca admitiu que "haverá impacto", mas salientou que "muitos destes trabalhadores apenas trabalham na Maia" e não residem no concelho.
Esta segunda-feira, a Adidas confirmou o despedimento de cerca de 300 trabalhadores na Maia devido a "mudanças na estrutura organizacional" da empresa.
Questionada pela Lusa sobre denúncias de um despedimento coletivo na "Global Business Services Porto - GBS Porto", situada desde 2009 no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia (TecMaia), distrito do Porto, a Adidas, por escrito, confirmou que "cerca de 300 posições são afetadas pelas mudanças" que a empresa está a levar a cabo em Portugal.