- Comentar
António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, confirmou o fim do Autovoucher no final deste mês de abril. Será substituído pela descida do ISP, garantindo que os portugueses não pagam mais.
Relacionados
Autovoucher acaba no final do mês. ISP passa a ser ajustado à variação dos preços
Das empresas às famílias. Conheça todas as novas medidas do Governo para contenção dos preços
"O que vamos fazer é assegurar que os portugueses, quando vão à bomba de gasolina, na sua conta final pagarão o combustível como se tivesse uma taxa de IVA de 13% e não como se tivesse uma taxa de IVA de 23%. Conseguimos fazê-lo através de uma redução correspondente na taxa de ISP que será muito significativa e assegurará que, no preço final, os portugueses estarão a pagar o combustível como se estivessem a pagar uma taxa de IVA em vigor de 13%", explicou António Mendonça Mendes.
Em princípio, este mecanismo deverá entrar em vigor em maio e continuará a ter em conta as variações semanais dos preços.

Leia também:
Autovoucher acaba no final do mês. ISP passa a ser ajustado à variação dos preços
"Este é um mecanismo que irá continuar juntamente com o mecanismo semanal que temos de revisão do preço do ISP em função das variações do preço e do aumento da receita do IVA. Ou seja, vamos continuar a assegurar que a nova carga fiscal que vamos fixar a partir do mês de maio é uma carga fiscal que será estável se todas as semanas continuarmos a fazer aquilo que temos vindo a fazer, que é ajustar o ISP em função das variações dos preços", esclareceu.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sublinhou ainda que a medida é temporária, sendo avaliada no final de junho, e pediu responsabilidade aos portugueses.
"Isto requer este esforço do Estado, mas também requer, por parte de nós todos enquanto sociedade, uma grande responsabilidade na sua utilização. Estamos a ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, mas os preços aumentam e temos de ser capazes de adaptar a nossa vida também a essa situação porque o desafio das alterações climáticas não acabou com a crise da inflação. Por isso, a medida é transitória porque é excecional e iremos reavaliar, no final do trimestre, para em função do contexto tomarmos novas decisões", acrescentou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Esta medida vai custar 80 milhões de euros por mês em perda de receita fiscal.