Banco de Portugal: PIB a crescer, inflação a descer

Banco justifica a melhoria das previsões com o facto de "desde o final de 2022, ter-se registado uma redução dos custos das matérias-primas energéticas, contribuindo para uma melhoria nos termos de troca da economia e uma redução das pressões externas sobre os preços no consumidor".

O Banco de Portugal (BdP) revela esta sexta-feira o Boletim Económico de março que aponta para uma melhoria da riqueza nacional em 2023. O PIB cresce 1,8% em vez dos 1,5% da previsão anterior.

De acordo com o BdP, "a economia portuguesa deverá crescer 1,8% em 2023 e 2% em 2024 e 2025, após 6,7% em 2022. A inflação deverá reduzir-se gradualmente, de 8,1% em 2022 para 5,5% em 2023, 3,2% em 2024 e 2,1% em 2025".

O BdP justifica esta melhoria das previsões com o facto de "desde o final de 2022, ter-se registado uma redução dos custos das matérias-primas energéticas, contribuindo para uma melhoria nos termos de troca da economia e uma redução das pressões externas sobre os preços no consumidor".

Já para os próximos anos, "em 2024-25, a dissipação dos constrangimentos nas cadeias de fornecimento, a redução da incerteza, a recuperação do rendimento real das famílias e o recebimento dos fundos europeus deverão contribuir para a aceleração do PIB, parcialmente contrariada por condições financeiras mais restritivas", sublinha.

Este cenário de maior crescimento da atividade económica em Portugal "reflete o dinamismo das exportações de serviços, a manutenção de ganhos de quota nos mercados externos, a retoma do investimento ― beneficiando do maior recebimento de fundos ― e o crescimento da produtividade total dos fatores, associado ao aumento das qualificações da população. Em contraste, o consumo cresce mais moderadamente em Portugal do que na área do euro, condicionado pela maior exposição à subida das taxas de juro, devido ao peso expressivo dos empréstimos a taxa variável", conclui o Banco de Portugal.

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