"De repente não se pode desligar o interruptor." Comércio quer mais medidas após previsão da OCDE

A OCDE diz que a previsão de crescimento económico para Portugal é mais baixa do que o que o Governo esperava. A Confederação do Comércio e Serviços salienta que as estimativas apontam uma necessidade de extensão dos apoios às empresas, um aviso também deixado pela OCDE, que quer mais apoios a empresas viáveis, incluindo a fundo perdido.

João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços, acredita que as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto português em 3,7%, para 2021, vêm dar razão às preocupações já manifestadas pela entidade e comprovam que os apoios têm de continuar.

Esta segunda-feira foram conhecidas as estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que aponta que o crescimento económico português será menor do que os 4% previstos pelo Ministério das Finanças. João Vieira Lopes salienta que as previsões apontam uma necessidade de extensão dos apoios às empresas, um aviso também deixado pela OCDE, que quer mais apoios a empresas viáveis, incluindo a fundo perdido. "De repente não se pode desligar o interruptor. Isso tem de ser feito tendo em conta as quebras e as situações das empresas."

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços assinala que "o Estado terá de dar, pelo menos parcialmente, garantias". É isso que "têm dado os bancos", vinca.

Além das manifestas boas intenções, João Vieira Lopes pede ao Executivo medidas concretas: "Estamos preocupados porque estamos a falar disto praticamente desde março, e até agora, além de declarações de boas intenções do poder, que não pomos em causa, não temos nada de concreto."

"Temos de traduzir isto em números, em medidas, por exemplo: as empresas que têm determinada situação financeira e que eram viáveis antes da crise terem um prolongamento de moratórias", reforça. João Vieira Lopes também quer "que o Governo garanta que parte dessas moratórias terá de ter garantia governamental".

O presidente da Confederação de Comércio e Serviços apela a que se comece "a discutir rapidamente com o Governo e com a Banca medidas concretas, mais do que intenções".

"Há outras empresas e programas que estão a ser feitos, nomeadamente o programa Apoiar e outros programas que têm uma componente a fundo perdido, que de repente não podem acabar", conclui.

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