Despedimento de 300 trabalhadores na Adidas: "É preciso que o Governo se mexa"

Sindicato alerta para a "instabilidade laboral" e para as "pressões" que vivem os trabalhadores de multinacionais como a Adidas.

O Governo tem de se mexer. O apelo é feito pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços, sobre o anunciado despedimento de 300 trabalhadores da Adidas, que trabalham no concelho da Maia.

Em declarações à TSF, Filipa Costa confessa que o sindicato foi apanhado de surpresa pelo anúncio da Adidas. A sindicalista considera grave a situação em que vão ficar trezentas famílias e deixa um recado ao executivo liderado por António Costa.

"São 300 famílias que vão ficar numa situação de grande dificuldade num momento muito difícil para os trabalhadores com o brutal aumento do custo de vida (...) É preciso também que o Governo se mexa no sentido de perceber o que se está a passar e de proteger ao máximo estes postos de trabalho, porque estas multinacionais são as primeiras a procurar o trabalho mais barato (...) O Governo também tem de tomar uma posição."

O sindicato está a tentar falar com os trabalhadores da Adidas, mas Filipa Costa admite que existem "pressões" e "receio" entre os funcionários. O facto de o sindicato ter tido conhecimento dessa situação através de uma denúncia anónima "reflete bem aquilo que é a instabilidade laboral e a situação vivida pelos trabalhadores" .

A Adidas confirmou que, até ao verão do próximo ano, vai dispensar 300 trabalhadores do Centro que funciona na Maia.

Questionada esta na segunda-feira pela TSF, a autarquia da Maia disse não ter conhecimento da intenção da Adidas em fazer despedimentos na sua unidade da Maia, acrescentando estar a tentar obter a informação necessária, "através de canais próprios".

Já o administrador do parque tecnológico da Maia acredita que os 300 trabalhadores que a Adidas vai dispensar vão acabar por ser absorvidos por outras empresas que ali laboram.

O tec Maia , que pertence à câmara municipal, onde está aquela marca, acolhe ao todo 45 empresas nacionais e quatro internacionais que poderão mitigar o efeito da saída dos 300 trasladadores . Em declarações à RTP 3, Inácio Fialho de Almeida adianta também que uma parte destes funcionários pode vir até a ser readmitida na própria Adidas

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