Endividamento do Estado, empresas e famílias cai para 369,9% do PIB no 3.º trimestre

A redução de 3,5 pontos percentuais do endividamento do setor não financeiro, comparativamente com o segundo trimestre, "traduziu-se, sobretudo, na diminuição do endividamento junto de entidades não residentes".

O endividamento do setor não financeiro recuou de 373,4% para 369,9% do PIB no terceiro trimestre face ao anterior, impulsionado pela redução do endividamento do setor público, que desceu de 170,6% para 167% do PIB.

Segundo divulgou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP), no período, "o endividamento do setor privado praticamente não se alterou: subiu de 202,8% para 202,9% do PIB".

Em comparação com o segundo trimestre de 2021, a redução de 3,5 pontos percentuais do endividamento do setor não financeiro "traduziu-se, sobretudo, na diminuição do endividamento junto de entidades não residentes".

Em setembro, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 600 milhões de euros em relação ao mês anterior, para 764.500 milhões de euros.

De acordo com o BdP, o endividamento do setor público (administrações públicas e empresas públicas) diminuiu 1.400 milhões de euros, para 345.100 milhões de euros.

"Esta redução resultou, sobretudo, da diminuição do endividamento junto do exterior (3.800 milhões de euros), que foi parcialmente compensada pelo crescimento do endividamento face ao setor financeiro e às próprias administrações públicas (1.600 e 1.000 milhões de euros, respetivamente)", explica.

Quanto ao endividamento do setor privado (empresas privadas e particulares), aumentou 2.000 milhões de euros, para 419.400 milhões de euros.

De acordo com o banco central, o endividamento das empresas privadas cresceu 1.300 milhões de euros "devido, principalmente, ao financiamento obtido junto do exterior", enquanto o endividamento dos particulares subiu 600 milhões de euros "e resultou no incremento do endividamento face ao setor financeiro".

Em setembro, o endividamento total das empresas privadas cresceu 1,8% em relação a setembro de 2020 (tinha crescido 1,0% no mês anterior) e endividamento total dos particulares aumentou 3,1% face ao período homólogo (tinha aumentado 2,9% em agosto de 2021).

O banco central atualiza em 23 de dezembro as estatísticas relativas ao endividamento do setor financeiro.

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