Fim das moratórias. Deco recebe pedidos de ajuda de centenas de famílias

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor pede às instituições de crédito que tenham maior abertura para renegociar pagamentos com as famílias.

A Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor recebeu "centenas" de pedidos de ajuda, nos últimos meses, por parte das famílias.

Em declarações à TSF, Natália Nunes, do gabinete de proteção financeira da associação de defesa do consumidor, faz o retrato das dificuldades identificadas.

"Os pedidos de ajuda chegam de famílias confrontadas com a situação de, aquando do fim das moratórias, não terem ainda rendimentos que lhes permitam retomar o pagamento das prestações", expõe a responsável da Deco. "Este é o grande problema apresentado pelas famílias, porque também não encontram, muitas vezes, da parte das instituições de crédito, uma abertura para renegociar as suas responsabilidades."

Por este motivo, a Deco apela à Associação das Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) e à Associação Portuguesa de Bancos (APB) que sejam mais sensíveis a este problema.

"Há necessidade de haver aqui uma maior abertura, por parte das instituições de crédito, nomeadamente quando o próprio consumidor, antevendo dificuldades, entra em contacto com as instituições"; alerta Natália Nunes.

"Aquilo que era desejável era a tentativa de encontrar soluções, precisamente para evitar situações de incumprimento - que, em bom rigor, não são positivas para ninguém, nem para os consumidores nem para as instituições de crédito", sublinha.

No último ano, a Deco recebeu mais de 30 mil pedidos de ajuda financeira, muitos deles relacionados com moratórias que têm vindo a terminar desde setembro.

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