Lojas "não têm pudor em violar a lei". Distribuição denuncia substituição de trabalhadores em greve

Há lojas a substituir trabalhadores que aderiram à greve desta sexta-feira. A denúncia é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, que vai apresentar queixa.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços denuncia que há empresas que estão a substituir trabalhadores em greve, já que esta sexta-feira, véspera de natal, é dia de paralisação no setor da distribuição.

Filipa Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços, garante, em declarações à TSF, que a adesão à greve está a ser expressiva, a tal ponto que há lojas em que a lei está claramente a ser desrespeitada. "Nós temos situações de lojas que podem eventualmente fechar na empresa Dia Portugal."

Os exemplos não ficam por aqui, acrescenta a responsável: "No Lidl Portimão a loja abriu com substituição de grevistas: estamos a falar de uma chefia que está a trabalhar, outra que foi chamada e que está em férias, e trabalhadores que estavam em folga." Filipa Costa argumenta que "esta loja da Lidl em Portimão fecharia se não violassem a lei".

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços fala de uma situação que se revelará "muito comum por todo o país". As lojas "vão abrir porque as empresas não têm qualquer tipo de pudor em violar a lei", salienta, para justificar uma queixa que seguirá, em nome do sindicato, para a Autoridade para as Condições do Trabalho.

"Os trabalhadores estão muito cansados, neste setor, com a desvalorização enorme que existe das suas carreiras e das suas profissões e ela [a greve] está a ter impacto e a ser expressiva. Isso é notório. Claro que depois as empresas acabam por arranjar estas formas de contornar - não é de contornar, mas sim de violar - a lei da greve. Sempre houve conhecimento de que os trabalhadores estão a ser substituídos, de que os seus postos de trabalho estão ser substituídos, iremos apresentar queixa no imediato, até porque esta situação não pode acontecer."

Os trabalhadores dos hipermercados, que nesta sexta-feira realizam greve, exigem aumentos salariais, a revisão do contrato coletivo e uma carreira mais valorizada.

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