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O presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB), Paulo Gonçalves Marcos, defende que os bancos deveriam remunerar os depósitos mas, para isso, é necessário criar enquadramento legal que "incentive os portugueses a fazerem poupanças de médio e longo prazo", com foco na reforma.
"Quer as famílias, quer as empresas, porque de facto estamos muito carentes. E ao mesmo tempo que o senhor Governador proferiu estas declarações, saiu um estudo que diz que apenas cerca de um em cada seis portugueses poupa para a reforma. Portanto, creio que talvez seja uma boa oportunidade para os bancos subirem as suas taxas de remuneração de depósitos, o que está a acontecer, e penso que nas últimas semanas isto tem sido evidente. Mas, simultaneamente, é preciso criar o enquadramento regulatório e legal que permita que isto seja consequente e que seja um movimento que beneficie a sociedade portuguesa", explicou Paulo Gonçalves Marcos na entrevista à Vida do Dinheiro.
O responsável reconhece que os trabalhadores do setor "estão num ponto de rutura, com uma inflação de 10%", os bancos a duplicarem os resultados em 2022 e "as tabelas salariais a serem negociadas com médias de aumentos de 1,1%". São "perdas superiores a um mês num só ano".

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