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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que também agrega o setor dos super e hipermercados, continua a não haver razão para temer a falta de produtos alimentares nas prateleiras.
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O diretor-geral da associação, Gonçalo Lobo Xavier diz que, apesar de ter sido noticiado que algumas superfícies comerciais estariam a limitar a venda de alguns produtos, ainda não está planeado "nenhum racionamento de produtos, nem problemas de maior na cadeia de abastecimento".
No entanto, confessa que "na Europa, estamos todos à procura de outras fontes de matéria-prima e de outras soluções, no caso concreto dos cereais".
Ouça as declarações de Gonçalo Lobo Xavier à TSF
"Os ajustamentos demoram algumas semanas, se não meses a ficarem mais estabilizados. Até lá, estamos a fazer todos os possíveis para encontrar outras soluções de maneira a que não faltem produtos nas prateleiras", explicou Lobo Xavier.
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"Nós temos casos de lojas que vendiam 40 a 50 litros de óleo de girassol por dia e passaram a vender 400", revelou o diretor-geral da APED, que comparou este fenómeno a um "movimento por parte do consumidor" semelhante "ao do papel higiénico" no início da pandemia da Covid-19.
"Temos casos de lojas que vendiam 40 a 50 litros de óleo de girassol por dia e passaram a vender 400"
Para Gonçalo Lobo Xavier, não existe "explicação aparente" , porque "as pessoas não vão passar a beber óleo de girassol". Contudo, atendendo ao "padrão de consumo normal", o presidente acredita "que ainda temos stock" para algum tempo.
Alguns supermercados estão a limitar a venda de óleo de girassol, um bem que, em Portugal, é, em alguns casos, importado da Ucrânia. A notícia foi avançada na quinta-feira pelo Jornal de Notícias, que avançou que algumas grandes superfícies comerciais portuguesas só estão a permitir a compra de três litros ou de três unidades de cada vez.

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