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O Banco liderado por António Ramalho obteve no primeiro trimestre do ano um resultado líquido de 71 milhões de euros.
Na nota enviada aos mercados a instituição justifica este lucro "com a conclusão do processo de reestruturação em 2020 a evidenciar a capacidade de geração de receitas e de geração de capital apesar do atual contexto pandémico".
O NB obteve este resultado apesar de ter resguardado 62 milhões de euros em provisões, parte delas devido a imparidades relacionadas com a Covid 19.
E apesar da Covid o montante de provisões neste primeiros três meses do ano é menos de metade do valor assumido no mesmo período do ano passado: em março de 2020 as provisões rondavam os 149 milhões de euros e hoje estão nos 62 milhões.
Mesmo assim, o banco consegue com este valor de provisões um rácio de 77% para a cobertura dos créditos mal parados.
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Outro indicador a contribuir para este desempenho são as imparidades que passaram de 139 milhões de euros (março 2020) para 55 milhões (março 2021).
Por outro lado a instituição perdeu 101 funcionários e fechou 19 balcões, diminuindo em 5% os custos operacionais.
Relevante para nesta apresentação de contas trimestrais é também o facto de pela primeira vez a instituição apresentar um único balanço. O NB deixou de dividir em duas tabelas as contas, ou seja, deixou de haver "banco recorrente" e "banco legado" onde entravam as contas da herança do BES.
Agora as contas estão todas juntas embora a administração do Novo Banco coloque um asterisco nos valores apresentados; tudo depende do Fundo de Resolução dar ou não o dinheiro pedido pelo Novo Banco ao abrigo do Mecanismo de Capital contingente. Para o exercício de 2019 o processo arbitral está em curso e a decisão pode ser tomada no final do ano.