Preço das conservas vai subir como consequência da guerra na Ucrânia

Conserveiras tiveram de encontrar uma "solução intermédia" para responder à escassez de óleo de girassol.

Apesar de só usar azeite refinado, as Conservas Pinhais, em Matosinhos, dá como inevitável que os portugueses comecem a pagar mais como consequência da guerra na Ucrânia. Nas últimas semanas, o preço do azeite refinado subiu bastante e já está mais caro do que o azeite 100% virgem extra.

Em declarações à TSF, o gerente, João Paulo Teófilo explica que a indústria "deixou de ter óleo de girassol" e viu-se obrigada a encontrar uma "medida intermédia" que permita indicar no rótulo "a substituição sem ser preciso destruir rótulos, latas e cartões".

Devido ao aumento do preço dos combustíveis, estão a começar a ser notadas dificuldades no transporte e na logística. No caso das Conservas Pinhais, 95% do que produz tem a exportação como destino, a guerra começou a dificultar o escoamento do produto e agora há encomendas paradas nos armazéns.

Perante este cenário, João Paulo Teófilo pede atenção por parte do Governo, com ajudas como "facilidade de crédito" - "mais barato e mais fácil" - e no prazo para pagamento de alguns impostos.

O aumento dos preços das conservas é nesta altura inevitável. "Se toda a indústria e o setor está a fazer um esforço para mitigar esse incremento no preço", que está em parte a ser acomodado nas margens, "teremos forçosamente de repercutir no preço para o consumidor final", reconhece.

Se faltar o azeite no mercado ou se o transporte não funcionar "teremos um problema". As Conservas Pinhais, de portas abertas desde 1920, têm cerca de 150 funcionários - cujos empregos estão garantidos -, mantêm o método tradicional e produzem uma média de 49 mil conservas por dias.

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