Regresso da passagem de ano aos restaurantes será "agridoce" para os empresários

À TSF, o presidente da PRO.VAR revela que o número de reservas é equivalente ao de 2019, mas os custos dos restaurantes aumentaram.

Os festejos da entrada num novo ano são habitualmente um dos melhores momentos em termos de faturação para os restaurantes. No entanto, não foi assim nos últimos dois, já que as restrições devido à Covid-19 não o permitiram.

Desta vez, os restaurantes poderão abrir sem condicionantes na época festiva e os empresários do setor esperam poder recuperar alguns prejuízos.

"A restauração este ano tem uma expectativa boa em relação ao fim de ano, visto que há dois anos que não tem essa possibilidade de se fazer o fim de ano nos restaurantes. Aquilo que neste momento se prevê, e as reservas estão em bom ritmo, é uma boa afluência nas zonas onde existem fortes atividades de fim de ano. Existem câmaras municipais que fizeram fortes apostas nessas festividades e nessas localidades nota-se um número de reservas substancialmente acima das outras", explica à ​​​​​​TSF o presidente da associação PRO.VAR - Associação Nacional de Restaurantes, Daniel Serra.

Apesar de as reservas estarem em níveis pelo menos equivalentes ao período pré-pandemia, o sentimento dos empresários da restauração é "agridoce", já que os custos dos restaurantes aumentaram em relação a 2019.

"Existe sempre um pequeno amargo de boca, porque muita da restauração percebe que as margens estão esmagadas. Apesar de tudo, há um certo contentamento por ter aqui garantido um número de reservas equivalente ou até superior a 2019, mas os custos de energia, das matérias-primas, do pessoal, a escassez de pessoal - que é uma dificuldade enorme -, por vezes não permite abrir todas as salas do restaurante", alerta o presidente da associação.

Esses fatores, esclarece Daniel Serra, "têm contribuído" para esse amargo de boca, já que "apesar de terem as receitas, os resultados líquidos não se esperam equivalentes a 2019".

"Bem pelo contrário. Este final de ano não servirá de oxigénio para os tempos que se avizinham. Daí, há um sentimento agridoce da parte dos empresários", reitera o presidente da PRO.VAR.

Daniel Serra avisou ainda que, nesta altura, há investimentos por pagar, nomeadamente os empréstimos de apoio à tesouraria contraídos para combater os efeitos da pandemia.

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