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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) decidiu dar, por enquanto, o benefício da dúvida ao Governo. A estrutura sindical vai reunir-se com o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública esta quarta-feira à tarde e espera, até lá, receber do Executivo um compromisso negocial para melhorar o Orçamento do Estado de 2022 (OE2022) e responder às propostas apresentadas.
Em declarações à TSF, José Abraão, secretário-geral da Fesap, afirma que não exclui a hipótese de a federação de sindicatos se juntar à greve da Frente Comum agendada para 12 de novembro.
"Ou há resposta e há paz social, ou não há resposta - com compromissos claros e concretos - e vamos à luta com todas as formas possíveis, algumas até com inovação, que apresentaremos amanhã [quarta-feira], quando sairmos da reunião", ameaça José Abraão.
"Não excluímos absolutamente nada e estamos, claramente, muito disponíveis para mostrar o nosso protesto, o nosso desconforto, e aquilo que, apesar de tudo, é uma grande insuficiência", declara o sindicalista.
José Abraão, da FESAP, não exclui novas formas de luta
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Caso não obtenha resposta por parte do Governo às suas reivindicações, a Fesap admite avançar com greves setoriais, mas também paralisações de dimensão nacional.
O Orçamento do Estado de 2022 vai a votação na generalidade, na Assembleia da República, a 27 de outubro. O Governo encontra-se em negociações com os partidos que, em anos anteriores, viabilizaram o documento - PCP, BE e PEV -, mas que, desta vez, já avisaram que, se não houver alterações significativos, votarão contra o OE2022 no Parlamento.