Setor da construção civil não quer ver PRR colocado em causa

O presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas diz que é melhor ter uma execução tardia, do que não a ter. No rescaldo das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que publicamente avisou a ministra da Coesão Territorial que não perdoará uma má execução do Plano de Recuperação e Resiliência. Manuel Reis Campos diz que o Governo tem a responsabilidade de gerir bem o processo.

Política à parte, o aviso público feito pelo Presidente da República à ministra Ana Abrunhosa deixa Manuel Reis Campos em alerta: "Quando o problema é levantado assim, em público, a preocupação aumenta."

Com um plano de milhões para cumprir, o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) diz que o Governo não pode hesitar. O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é uma âncora para o sector.

Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN, diz que é melhor adiar prazos do que afundar a bazuca: "Dada a importância do sector da construção, o mais importante é que o PRR não seja colocado em causa."

O prazo de execução do PRR termina em 2026, mas para o representante das empresas de construção, a primeira etapa é a mais difícil de concretizar, uma vez que todas as obras no âmbito do PRR têm de ser adjudicadas até ao final do próximo ano. Manuel Reis Campos garante que o sector está preparado para responder a um aumento da procura.

O presidente da AICCOPN atira para o Governo a responsabilidade de o PRR ter uma boa execução a tempo e horas, sejam quais forem os prazos: "A nossa capacidade nunca esteve em causa, desde que seja tudo bem planeado."

Os ministros das Infraestruturas e do Ambiente têm sido os interlocutores da AICCOPN no governo, com quem tem sido mantido um diálogo permanente. Manuel Reis Campos diz que até ao momento não sentiu um tom de alarme: "Dizem-nos sempre que está tudo bem e para termos calma."

O presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Manuel Reis Campos, diz esperar os próximos capítulos do PRR com expectativa, porque não é todos os dias que há 1634 milhões de euros de apoios comunitários.

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