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António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, afirmou que o mundo vive uma "situação extraordinária" e tem de encontrar, dentro do quadro da União Europeia, "soluções extraordinárias". A redução dos impostos sobre os combustíveis vai ser um dos pedidos que a CIP vai fazer ao Governo.
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"A situação em que nos encontramos, com a escalada impressionante dos custos energéticos e agroalimentares, exige medidas. Medidas extraordinárias. Os impostos que temos sobre os combustíveis têm de ser amenizados, nomeadamente o ISP. O Governo pode dizer que não há margem para esta ou aquela questão, mas insistiremos com o Governo que esta é uma situação extraordinária. Portugal tem de ir buscar meios para acudir a esta situação", acrescentou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal.
O Governo e parceiros sociais reúnem-se esta terça-feira à tarde com caráter de urgência para debater a situação de crise na Ucrânia, na sequência da invasão pela Rússia.

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A reunião do Conselho Permanente da Concertação Social foi convocada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, "com caráter de urgência", com o ministério liderado por Ana Mendes Godinho a indicar que o objetivo é o "acompanhamento da situação de crise na Ucrânia".
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A escalada de preços da energia observada desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia tem levado várias associações empresariais a pedir ao Governo reforço de medidas que possam mitigar o impacto do agravamento dos custos.
Num comunicado emitido em 28 de fevereiro, no qual condena "veementemente" a invasão da Ucrânia, o Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) defende que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) deve prever "ajustamentos" fiscais para responder ao impacto que o conflito terá nas empresas.

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O CNCP diz também que as confederações patronais estão disponíveis para cooperar com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para a integração profissional de refugiados da Ucrânia.
As confederações patronais dizem ainda que o "inevitável impacto económico" que o conflito terá em Portugal, sobretudo no domínio energético e alimentar, será "agravado ainda pela dramática situação de seca que assola o país".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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