"Transformar a surpresa em ambição." Patrões apresentam esta semana caderno de encargos ao Governo

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal admite à TSF ter ficado surpreendido com os resultados eleitorais. António Saraiva pede ambição e defende que a nova legislatura deve servir para colocar em marcha "reformas que, mais do que úteis, são necessárias e urgentes".

A surpresa das últimas horas tem sido transversal. Na política e fora dela. O PS conseguiu a segunda maioria absoluta da sua história. São resultados que "surpreenderam o país todo", como resume António Saraiva.

O presidente da CIP, ouvido pela TSF, considera que a surpresa da últimas horas tem de ser transformada em ambição. Num cenário de estabilidade parlamentar, com a confortável maioria dos socialistas, há que converter a estabilidade política em estabilidade social. "Este ciclo político corresponderá a um novo ciclo económico, mais duradouro. E tem de ser um ciclo que, perante todos os desafios, nos permita alcançar um verdadeiro percurso de convergência", defende António Saraiva. Esta é também a oportunidade para colocar Portugal num novo caminho de crescimento, lado a lado com o caminho de desenvolvimento de outros países europeus. "Ver a Irlanda a crescer 14%, a Grécia a crescer 7% e Portugal a crescer pouco mais de 4% não é caminho".

No discurso de consagração da vitória, António Costa abriu a porta ao diálogo, não só aos partidos com assento parlamentar, mas também aos parceiros sociais. É uma janela de oportunidade que os parceiros sociais não querem ver desperdiçada. O líder da CIP revelou à TSF que os parceiros sociais, em concreto o Conselho Nacional das Confederações Patronais, vai apresentar um caderno de encargos ao Governo ainda esta semana. São 10 grandes medidas a olhar o futuro do país.

O diálogo prometido por António Costa deve criar as condições necessárias para uma série de reformas. Na TSF, António Saraiva pediu bom senso ao Governo. A legislatura que se avizinha deve servir para colocar em marcha "reformas que, mais do que úteis, são necessárias e urgentes".

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