Procura pelo Algarve na passagem de ano "ainda maior do que no ano recorde de 2019"

Os portugueses são quem mais procura o Algarve nesta altura do ano.

O presidente do Turismo do Algarve estima que o volume de negócios na passagem do ano na região tenha um acréscimo de 10%. Ouvido pela TSF, João Fernandes sublinha que houve uma subida na procura do mercado nacional e que os valores superam mesmo os de 2019.

"Apesar do mercado nacional ser o principal mercado de procura pelo Algarve na passagem de ano, este ano regista-se uma procura ainda maior do que no ano recorde de 2019, mais reservas diretas e mais cedo, talvez porque muitos portugueses, já prevendo uma afluência acrescida, resolveram reservar mais cedo", explica, reforçando que a estimativa é de um aumento de 10% no volume de negócios da região durante a passagem de ano.

Sobre 2023, João Fernandes reconhece que vai ser um ano difícil. Ainda assim, para o presidente do Turismo do Algarve, a região tem argumentos para merecer a escolha dos turistas.

"Para o próximo ano, antecipamos que haja uma conjugação de fatores que são adversos aos gastos em lazer, como a inflação e o crédito à habitação", sustenta João Fernandes.

No entanto, "antecipamos que a escolha dos europeus cairá sobre o espaço intra europeu e aí estaremos em concorrência com os países do sul da Europa, onde o Algarve tem uma perceção de melhor aposta de value for money".

"Temos campanhas internacionais já em curso e a funcionarem muito bem e temos a confiança das companhias aéreas e operadores que estão a oferecer a maior capacidade aérea de sempre", acrescenta.

Madeira é favorita para o fim de ano

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) fez um inquérito aos seus associados e, em 400 empreendimentos hoteleiros que responderam, "os níveis de reserva são muito significativos" para o fim de ano.

"A Madeira lidera, com 89%, Lisboa e Açores com 86% e a média nacional é de 82%", afirma o presidente da AHP.

Bernardo Trindade sublinha que há a perceção junto dos hoteleiros de que este ano será melhor do que 2019, considerado o melhor ano de turismo, com a contribuição dos mercados nacional, espanhol e do Reino Unido, este último com mais significado na Madeira e Algarve.

89% dos inquiridos pela AHP afirmou esperar que a passagem de ano seja igual e "uma percentagem muito significativa adiantou que será melhor".

Bernardo Trindade adianta que este otimismo baseia-se não só na taxa de reservas, mas também nas receitas. "A dimensão preço é relevante, porque com a escalada de preços que estamos a enfrentar podemos passar fiabilidade para o cliente."

* Notícia atualizada às 12h15

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