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Quando questionada sobre a possibilidade de "tempos anormais no CDS", Lídia Dias, vereadora da Educação e Cultura de Braga, reage com um riso nervoso. "Vivem-se tempos estranhos, quando nomes tão importantes não são chamados", admite. A militante do CDS assina uma petição, entregue nos últimos dias ao líder do partido.
A petição, com 1200 assinaturas, defende que Francisco Mota, um nome ligado aos órgãos autárquicos de Braga, seja incluído nas listas da coligação Juntos por Braga, que junta o PSD e o CDS.
Francisco Mota foi candidato em 2013 e 2017, mas deve ficar fora das listas. Esta é uma decisão que Lídia Dias não compreende. "O Francisco Mota sempre esteve neste projeto desde, no fundo, a sua génese", salienta a vereadora, que mostra surpresa por, "de um momento para o outro, [Francisco Mota] não ser considerado" e não ser encarado como "uma mais-valia para concorrer".
"O mais estranho disto tudo é ter que existir um movimento como este para validar um nome. Em tempos normais, isto nunca se poria."
Ouça as declarações de Lídia Dias.
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De saída da Câmara de Braga, não se recandidatando por motivos pessoais e também por não concordar com a estratégia da concelhia de Braga do CDS, a vereadora espera que o líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, considere esta "chamada de atenção que a sociedade faz para ser ouvida", lembrando que há empresários e presidentes de junta entre os 1200 subscritores da petição. "Não são só pessoas ligadas ao CDS que assinam esta petição. Há um conjunto de empresários e de presidentes de junta, num conjunto alargado de pessoas da comunidade bracarense, que faz este apelo."
Lídia Dias deixa, por isso, um alerta: "Se dizemos que trabalhamos uma política de proximidade, devemos ouvir as pessoas e devemos ouvir os seus anseios. Os partidos políticos também devem fazer isso."