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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, quer funcionários públicos mais motivados e valorizados e isso também passa pelo aumento dos salários.
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Governo apresenta na segunda-feira atualização salarial da função pública para o próximo ano
Na quarta-feira à noite, em entrevista à RTP3, Carlos Moedas considerou que o aumento de 2% nos salários da administração pública, avançado pelo primeiro-ministro, no início da semana, é insuficiente e sublinhou que há margem para o Governo ir mais longe.
"Nós temos que motivar os funcionários públicos, temos que valorizá-los, e portanto, sim. (...) Se há margem? Tem de haver margem para aumentar mais. Não sei qual é o valor, porque não estou no Governo, mas penso que tem de ser um aumento significativo", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Aeroporto de Lisboa: "A Portela está cheia e os lisboetas cansados"
Sobre a localização do aeroporto de Lisboa, que só tem decisão definitiva no final do próximo ano, Carlos Moedas sublinha que vai esperar a avaliação estratégica às soluções apresentadas pelo Governo e só depois vai "assumir uma posição".
"Nós não podemos continuar nesta situação. Lisboa precisa de um aeroporto desesperadamente. Os lisboetas estão cansados. Nesta altura temos voos noturnos, as pessoas queixam-se, e com razão, do barulho. Já não há espaço na Portela, está tudo lotado", referiu.
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Carlos Moedas voltou a referir que "não prescinde de um lugar à mesa das negociações".
"Obviamente, não fui convidado para esse lugar, mas quem me conhece sabe que sou bem capaz de lá aparecer e de me sentar, se não me convidarem", atirou o autarca.
Pacote de apoio às famílias: moradores dos bairros municipais não vão ver aumentos nas rendas
Na próxima sexta-feira, em reunião de Câmara, Carlos Moedas quer fazer aprovar um pacote de medidas para ajudar as famílias no combate ao aumento do custo de vida. Por exemplo, os moradores dos bairros municipais não vão ver qualquer aumento da renda.
"Já declarei algo que é muito importante: todas as pessoas que vivem nos bairros municipais de Lisboa não vão ter nenhum tipo de aumento na renda. Anuncio aqui em primeira mão que também os mercados municipais, as pessoas que trabalham nos mercados e nas feiras, também não haverá nenhum aumento por parte da Câmara de Lisboa, nas tarifas e nas rendas", anunciou Carlos Moedas.
Na terça-feira, já tinha sido aprovado um fundo de emergência social para Lisboa, no valor de quatro milhões de euros. O dinheiro é da Câmara de Lisboa, mas vai ser gerido pelas freguesias, de acordo com as necessidades de cada território.
"Vai ser atribuído um cheque, entre mil e mil e quinhentos euros, para pagar a renda, para ajudar com os bens alimentares, para ajudar IPSS, que ajudam essas famílias. São este tipo de medidas que nós precisamos na cidade", explicou o presidente da autarquia lisboeta.