Avanço da Ómicron? Partidos defendem testagem, vacinação e reforço de meios no SNS

A nova variante da Covid-19 pode chegar a uma prevalência de 80% na semana do final do ano. No Fórum TSF, o Bloco de Esquerda, o PCP e o CDS sublinham a importância da dose de reforço da vacina, bem como da testagem em grande escala. O CDS faz ainda um apelo para que se evite "grandes aglomerados" nesta época de festividades.

A ministra da Saúde anunciou, esta sexta-feira, que segundo análises feitas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, até às 14h00 do dia 14 de dezembro tinham sido sequenciados 69 casos da variante Ómicron. Em conferência de imprensa sobre o ponto de situação da pandemia em Portugal e apelando à vacinação, Marta Temido referiu que a estimativa da presença da variante revela que a prevalência "ronda já os 20%", podendo "chegar a 50% na semana do Natal e a 80% na semana da final do ano". Perante estas declarações, no Fórum TSF, o Bloco de Esquerda, o PCP e o CDS defenderam o reforço do Serviço Nacional, bem como da testagem e vacinação.

Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, considerou que enquanto não houver mais meios para testar e vacinar, o país não está a salvo.

"O país tem efetivamente que reforçar e acelerar bastante a vacinação, principalmente, esta fase de reforço da vacinação. O problema é que, por exemplo, ainda ontem havia dados que diziam que cerca de um quarto da população com 70 ou mais anos em Portugal ainda não tinha feito a dose de reforço", avançou, em declarações no Fórum TSF.

"A segunda questão tem a ver com a testagem", explica o deputado do BE, sendo que "o problema é que neste momento o acesso aos testes", quer autotestes, quer testes rápidos feitos em farmácias, "está a dificultar".

Bernardino Soares, membro do comité central do PCP, também ouvido no Fórum TSF, concorda sobre a necessidade de haver um reforço da vacinação e testagem, mas também de meios no Serviço Nacional de Saúde. "Não podemos continuar a apontar, sobretudo quando não se faz o reforço dos serviços públicos, medidas restritivas em relação à vida na nossa sociedade, interrupções das aprendizagens nas escolas, interrupções da atividade económica e um conjunto de outras medidas que têm efeitos fortemente negativos no nosso país", sublinhou, defendendo "medidas mais importantes de acompanhamento da pandemia no SNS".

"Cada vez mais há uma rejeição que não deve ser menosprezada por parte da população em relação a medidas mais restritivas no que diz respeito às suas atividades", disse.

Ainda no Fórum TSF, Miguel Arrobas, deputado do CDS, frisou que nesta altura a testagem e a vacinação são fundamentais e em grande escala.

"Uma testagem massiva que seja acessível e gratuita a todos em todo o território nacional. Sabemos que nem toda a testagem ou vacinação é igual e feita da mesma forma, há concelhos que são exemplares e há concelhos que estão bem atrás", afirmou.

Com o aproximar da época festiva, Miguel Arrobas apelou à população para que "tente evitar os grandes aglomerados e locais fechados". "Continuemos essa luta por muito que nos custe", finalizou.

Ainda esta manhã, a diretora-geral da Saúde, em entrevista no Fórum TSF, recomendou a divisão das festas natalícias em grupos mais pequenos e mesas diferentes, o uso da máscara, o distanciamento, a higienização das mãos e a ventilação dos espaços.

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