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O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, considera que só a falta de informação pode explicar as declarações de Eurico Brilhante Dias sobre a proposta dos bloquistas para a despenalização da eutanásia. No programa da TSF e do Diário de Notícias "Em Alta Voz", o novo líder parlamentar do PS censurou o Bloco de Esquerda por ter reapresentado o texto da legalização da morte assistida, sem haver primeiro consultar dos parceiros que ajudaram a construir o texto.
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"A reapresentação que foi feita pelo BE é, no essencial, o documento que foi apresentado por todos os partidos que subscreveram essa proposta. Portanto, o Bloco de Esquerda às vezes dispara mais rápido do que a sua própria sombra e desta vez disparou uma proposta mais rápido do que os parceiros que desenharam e escreveram essa proposta, entre eles o PS", afirmou Eurico Brilhante Dias.

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Em declarações à TSF, líder da bancada bloquista afirma que as palavras do novo líder parlamentar socialista só podem ser justificadas por uma falha de comunicação.
"Com a delicadeza que o início do mandato assim exige, a única explicação que encontro para essa declaração é alguma falta de informação na transição de pastas, na transição para o novo grupo parlamentar, porque a iniciativa que o Bloco de Esquerda apresentou e a forma como a apresentou eram conhecidas há semanas pelo grupo parlamentar do Partido Socialista", indicou Pedro Filipe Soares.
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Ouça aqui as declarações de Pedro Filipe Soares
O deputado do Bloco de Esquerda diz esperar, apesar de tudo, que a situação não "belisque" a aprovação da lei. "Não beliscará, no que toca à ação do Bloco de Esquerda, conseguirmos ter num curto espaço uma lei da despenalização da morte medicamente assistida que responda ao avanço dos direitos necessários e que ultrapasse o último veto do sr. Presidente da República", acrescentou.