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O Bloco de Esquerda manifesta "total anuência à receção na Assembleia da República do Presidente Lula da Silva".
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Em declarações aos jornalistas à saída da reunião da Conferência de Líderes que concordou receber o Presidente do Brasil numa "sessão solene de boas-vindas", Pedro Filipe Soares destaca que "é uma honra para Portugal receber o Presidente eleito do Brasil num contexto em que se percebe que o virar de página foi o abraçar da democracia e fechar a porta a todos os golpistas que ainda existem naquele país".
O Bloco de Esquerda confiou ao presidente da Assembleia da República "total liberdade" para "perceber a melhor forma de receber Lula da Silva na Assembleia da República", quer seja no dia 25 de Abril, no dia anterior ou na data que "melhor convier às agendas diplomáticas".
"Todos lembramos como Chico Buarque cantava que se levasse um pouco do cheiro da Revolução portuguesa para o Brasil e como esse enorme Portugal também era parte da letra que é cantada por nós no 25 de Abril".
Por outro lado, o Bloco de Esquerda condena as palavras do líder do Chega, André Ventura, que anunciou uma manifestação contra a visita do Presidente do Brasil e prometeu responder de forma "firme e frontal" se Lula da Silva discursasse.
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"Manter-nos-emos nos nossos lugares, mas agiremos em conformidade, e confrontaremos o Presidente brasileiro com aquilo que entendemos, tendo ele a oportunidade de, discursando, dizer também o que pensa e o que quererá dizer sobre esta matéria", sublinhou André Ventura.
Estas são "declarações incompreensíveis e condenáveis", condenou Pedro Filipe Soares.
"Repudiamos, e fizemos questão de o dizer na Conferência de Líderes, quaisquer intenções golpistas de colocar a Assembleia da República no lamaçal na receção de Lula da Silva. Para nós será incompreensível qualquer apelo à violência, ainda que verbal, na receção de um Chefe de Estado, ainda para mais de um país irmão, como é o Brasil."