O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fala aos jornalistas durante a visita ao Centro de
Portugal

Bloco central? Marcelo já falou com Rio e agora a "escolha é dos portugueses"

A dois meses das eleições legislativas, e com as lideranças dos partidos definidas, Marcelo Rebelo de Sousa assume que "há tempo" para que cada português decida em quem votar. O Presidente da República rejeita fazer cenários de um "bloco central" ou "continuar tudo na mesma", e admite que já ligou a Rui Rio e a Paulo Rangel, depois da noite eleitoral social-democrata.

Em Luanda, Marcelo começou o dia a ir à missa, e falou depois com os jornalistas sobre o que falta fazer até 30 de janeiro. Com as lideranças dos partidos definidas, depois da vitória de Rui Rio, o chefe de Estado diz que é tempo de os portugueses decidirem em quem votar.

"É uma escolha que será dos portugueses, escolherem os partidos em quem votar e a futura composição do Parlamento. O que era importante era que houvesse tempo para o período antes da pré-campanha. Está terminado. Portanto, avança-se serenamente para, mais tarde, o período eleitoral", defendeu.

Faltam dois meses para a data das eleições, que vão decorrer a 30 de janeiro, mas nos próximos dias é preciso dissolver a Assembleia da República. "Mal regresse a Lisboa verei se não há nada do trabalho parlamentar que impeça a publicação do decreto. A partir daí entramos em período pré-eleitoral", explicou.

E sobre o PSD, Marcelo não se alongou em palavras, recusou qualquer influência no resultado final, mesmo com a reunião no Palácio de Belém com Paulo Rangel. O Presidente da República garante que é normal receber dirigentes partidários, e assume que já telefonou ao vencedor e ao vencido.

"Os contactos significam o agradecimento pelo papel desempenhado, e naturalmente a formulação de parabéns a quem ganhou. E uma palavra para quem não ganhou, mas prestou a sua função", atirou.

Já sobre um possível bloco central, depois de Rui Rio ter-se assumido disponível para viabilizar um Governo minoritário do PS, Marcelo Rebelo de Sousa nada acrescenta: "Ninguém pode antecipar a vontade dos portugueses".

"Os portugueses vão ouvir as propostas, as alternativas, os caminhos e depois decidem", conclui.

O chefe de Estado garante que a partir de agora vai deixar "o que é da vida partidária, à vida partidária" até os portugueses decidirem a 30 de janeiro.

O Presidente da República regressa na segunda-feira a Lisboa, depois de três dias em Luanda, onde participou na Bienal, a convite do Presidente angolano, João Lourenço.

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