"Boicote" a vice do Chega no Parlamento? Ventura espera que não passe de "poeira"

André Ventura remete a questão para o Regimento da Assembleia da República e garante que não pediu ao Presidente da República que interceda nesta questão.

O líder do Chega, André Ventura, espera que a polémica em torno de um possível bloqueio a um vice-presidente da Assembleia da República nomeado pelo partido não passe de "poeira".

"Quero acreditar que não passa de uma polémica de poeira", porque um "boicote" é algo que "ninguém em Portugal compreenderia", afirmou Ventura, no final da audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que conclui esta tarde a ronda com os oito partidos que conseguiram representação parlamentar nas legislativas de domingo, tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro.

O tema, revelou, foi discutido com o chefe de Estado, mas o Chega não pediu a Marcelo que "intercedesse" por si, garantiu o líder do partido. Para Ventura, o regimento da Assembleia da República "é muito claro" sobre esta questão.

O artigo 23.º do documento estabelece que cabe a cada um dos quatro maiores grupos parlamentares propor um dos vice-presidentes da Mesa e aos partidos com um décimo ou mais dos deputados propor pelo menos um secretário e um vice-secretário.

Apesar desta posição, o partido ainda não tem um nome indicar, mas é certo que não será o de Ventura, que também não vai ser líder da bancada parlamentar.

O nome a indicar para a vice-presidência da AR será escolhido pelo "percurso, notoriedade" e trabalho institucional já prestado.

Chega quer regresso dos debates quinzenais

Em Belém, André Ventura falou com Marcelo sobre a nova posição do Chega como "terceira força nacional" para garantir que, nesse novo papel e "enquanto o PSD não se reconfigura", o partido "será a oposição de que o país precisa para que os erros de José Sócrates não sejam repetidos".

O Chega vai propor, como a IL, o "retorno imediato dos debates quinzenais" e considera que o PS "dava um bom sinal ao país" se aceitasse essa mudança.

Adversário de Marcelo há um ano, nas Presidenciais, Ventura disse esperar que o Presidente da República fiscalize o Governo e "tenha a noção do seu papel de fiscalização", sublinhando que este é atribuído pela Constituição.

"Já fez a análise da situação política, se há algo em que tem provas dadas é na análise política", reforçou.

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