Bravo Zulu no Greta K: não foram "heróis", mas sim militares a cumprir a missão

Na primeira versão do comunicado em que a Marinha deu conta da bem-sucedida missão a bordo do Greta K, a Armada falava em "orgulho nos seus" e em "heróis". O comandante desses militares diz que nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Amaral Henriques, o comandante da NRP Corte Real, afirma que é para situações como esta que os militares treinam. A entrada no navio-tanque que se incendiou ao largo do Porto esta terça-feira, esclarece, só aconteceu quando era seguro e "os militares que fizeram parte da brigada não são heróis, são militares com treino. São militares experientes que foram propositalmente escolhidos para constituir esta equipa".

Todos "treinam com regularidade para enfrentar estas situações" garante o comandante Amaral Henriques que admite, contudo, que "claro que têm de ter sangue-frio".

Entraram no Greta K e o que encontraram foi um navio tomado por "um fumo intenso". Estava também muito calor. Tanto que o comandante afirma terem sido "identificadas deformações estruturais no navio fruto das temperaturas altas".

Apesar dos danos, verificaram que o navio tinha condições para ser rebocado para o Porto.

A missão valeu-lhes uma mensagem do almirante Gouveia e Melo.

"Bravo Zulu" foi o código militar que o chefe da Armada enviou à tripulação do NRP Corte Real.

Trata-se de "gíria naval que parabeniza", diz Amaral Henriques, "os militares pela missão cumprida com elevado rigor e brio".

O fogo a bordo do Greta K foi dado como extinto na quarta-feira à noite.

O mar está alterado e por isso o navio só será rebocado até ao Porto de Leixões na sexta-feira.

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