- Comentar
João Oliveira, dirigente do PCP e antigo líder parlamentar dos comunistas, considera que serão as famílias mais pobres que vão "pagar, com a degradação das suas condições de vida, o aumento da inflação".
Relacionados
Autovoucher será substituído por descida do ISP para portugueses não pagarem mais
É a consequência da recusa do governo em aumentar os salários, com o argumento de que essa subida de rendimentos "seria comida", de imediato, pelo forte crescimento dos preços que se tem sentido nas últimas semanas.
Para João Oliveira, um dos dois comentadores habituais do programa Café Duplo, da TSF, o problema só se resolve com o "aumento dos salários e das pensões, de forma geral".
João Oliveira assinala que o aumento dos salários e pensões não pode ser substituído.
Do outro lado, o liberal Tiago Mayan, que, à segunda-feira, "faz companhia" a João Oliveira à mesa do café na rádio, considera que, tendo em conta o cenário excecional que vivemos, é uma forma de proteger as camadas mais desfavorecidas da população.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Tiago Mayan assinala que as medidas para apoiar grupos mais desfavorecidos são "uma via adequada".
O "corte" no ISP e o fim do autovoucher
Para Tiago Mayan, antigo candidato da Iniciativa Liberal à Presidência da República, defende que "há muito devia ter sido feita", a anunciada descida do Imposto dos Produtos Petrolíferos. Mesmo assim, é uma medida "de louvar".
Descida do ISP "é algo que já devia ter sido feito", defende Tiago Mayan.
À esquerda, João Oliveira tem opinião contrária. O dirigente do PCP insiste que o governo deveria fixar o preço dos combustíveis e que, sem essa fixação, "rapidamente, as petrolíferas podem fazer aumentar os preços e, na prática, "comer" o alívio que a redução dos impostos permite".
João Oliveira defende que o Governo não está a ir à "raiz do problema" nos combustíveis.
Por isso, João Oliveira defende que, uma coisa sem a outra, não vai à "raiz do problema".