"Calote" aos bombeiros? Prolongamento do dispositivo aumentou despesa mas pagamento está para breve

Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Administração Interna, assegura que, ao contrário do que assinalou o PSD, o Governo não está a fazer "calote" nos bombeiros. A despesa extraordinária, que será de 1.800.000 euros e que resultou de um outubro meteorologicamente atípico, será paga nos primeiros dias de dezembro.

O Ministério da Administração Interna garante que as dívidas aos bombeiros - assunto levantado pelo PSD - serão pagas no início de dezembro. O esclarecimento surge depois de o deputado social-democrata Duarte Marques ter acusado o Executivo de ainda não ter saldado a dívida relativa ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.

O PSD referiu mesmo num "calote" por parte do Governo, mas, ouvida pela TSF, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, rejeita as acusações do maior partido da oposição. "Lamento essas acusações e lamento esse tipo de declarações, porque não obviamente qualquer calote relativamente aos pagamentos dos bombeiros, nem este ano nem em nenhum ano passado", assegura a secretária de Estado.

"O que se passa é que o mês de outubro foi um mês muito complexo do ponto de vista meteorológico, e o dispositivo terminava, como de resto termina quase sempre no dia 15 de outubro. Da avaliação que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil fez daquelas que eram as previsões para a última quinzena de outubro, foi decidido prolongar este dispositivo terrestre", salienta Patrícia Gaspar, que explica ainda que "o prolongamento deste dispositivo terrestre, que não estava obviamente contabilizado, fez aumentar a despesa com o pessoal, que está neste momento em processamento, para que possa ser paga com a máxima brevidade possível".

A governante aponta para os primeiros dias de dezembro como a data prevista para o pagamento destas despesas, e volta a frisar que o atraso se deveu à necessidade de reforço do orçamento para possibilitar o a extensão do dispositivo.

Patrícia Gaspar calcula que a dívida seja de 1.800.000 euros, valor que, assevera a secretária de Estado, será paga no início de dezembro.

O gabinete da secretaria de Estado reconhece, no entanto, que está ainda por pagar uma verba de perto de cinco milhões de euros às corporações de bombeiros, referentes a gastos com combustíveis e equipamentos. O apuramento dessas despesas está nesta altura a ser feito pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

* Atualizado às 12h24

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