Catarina Martins pede apoio para vítimas de abusos na Igreja e nova comissão independente

A coordenadora do Bloco de Esquerda argumenta que a conferência de imprensa dos Bispos, ontem, foi um "insulto enorme" aos católicos.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse este sábado, em Coimbra, não conseguir explicar "como é que é possível, ontem, os Bispos terem achado que podiam fazer aquela conferência de imprensa que não tenham percebido o insulto enorme a todas as pessoas católicas deste país".

Dizendo que não lhe cabe a ela falar da Igreja, antes de "responsabilidade da sociedade", Catarina Martins defende que "se a igreja não vê o que tem de ver, nós, enquanto sociedade, devemos agir".

A coordenadora do Bloco de Esquerda começou por defender apoio às vitimas, "que há-de ser um apoio psicológico, que necessitam seguramente, mas também o apoio legal de que vão necessitar".

Pede ainda uma nova comissão para "continuar o trabalho que fez a comissão independente" que, diz, "foi um trabalho extraordinário".

"Se a igreja quer fechar os olhos, o país não pode fechar os olhos. E é preciso uma nova comissão independente e uma comissão independente que dê segurança às vítimas para fazerem as suas denúncias e que dê também segurança ao país, que ao proteger as vítimas e ao tirar consequências do que aconteceu, seja também capaz de tornar visível o encobrimento terrível que a igreja católica fez e continua a fazer".

Ontem, em Fátima, realizou-se a Assembleia Plenária extraordinária para analisar o relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de crianças na Igreja Católica em Portugal. No final, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, remeteu eventuais indemnizações às vítimas de abusos sexuais para os seus autores. Indicou que não haverá lugar a indemnizações por parte da instituição.

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