- Comentar
O CDS quer ver aumentada escalão A (90%) a comparticipação de um medicamento anticoagulante indicadas no tratamento da trombose associada a cancro.
As Heparinas de Baixo Peso Molecular (HBPM) são apenas comparticipadas a 69% pelo Estado, um valor inferior ao de outros países, o que obriga os doentes oncológicos a pagar mais de 500 euros por este medicamento.
Países como Alemanha, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Suécia e Reino Unido comparticipam as HBPM a 100% e Espanha comparticipa a 90%.
Ouvida pela TSF, a deputada centrista Ana Rita Bessa adianta que a e aponta que o peso orçamental desta medida seria irrisório. "Se Portugal passasse a comparticipar [as HBCPM] pelo menos em 90% estamos a falar de um valor de 150 mil euros orçamento da saúde - não é nada."
Em contrapartida, "traria potencialmente um efeito de segurança", uma vez que a trombose representa a segunda causa de morte nos doentes oncológicos.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Ana Rita Bessa deixa ao Governo outra recomendação: é preciso avançar com medidas urgentes no combate ao cancro, para tentar reduzir o atraso nos rastreios e nos tratamentos.
É preciso assegurar o acesso a rastreios e cumprir os tempos máximos de resposta garantida, "particularmente nos cuidados de saúde primários ou contratualizando com entidades que tenham capacidade", defende a deputada.
O CDS apresenta esta quinta-feira na Assembleia da República este e outros apelos para acompanhar doentes oncológicos e sobreviventes de cancro, assim como aqueles que necessitam de cuidados paliativos e os seus cuidadores.
"Procuramos que o Governos encontre formas de promover a investigação clínica e a desburocratização no acesso aos medicamentos oncológicos inovadores", destaca Ana Rita Bessa