CDS nega eventual fusão com PSD e acusa direção de Cristas de contribuir para ascensão do Chega

Pedro Melo atribui a responsabilidade pelo crescimento do partido de André Ventura ao "discurso frouxo" da anterior direção, da qual Adolfo Mesquita Nunes fazia parte.

O CDS rejeita que esteja em cima da mesa uma eventual fusão com o PSD. Pedro Melo, vice-presidente dos centristas, considera que essa possibilidade, apontada pelo antigo vice-presidente do partido Adolfo Mesquita Nunes e também por João Gonçalves Pereira, não passa de uma tentativa de criar ruído e desviar as atenções do essencial.

Pedro Melo sublinha que há 30 anos que o partido não tinha tantas câmaras municipais. Por isso, críticos como Adolfo Mesquita Nunes já deviam ter tido a "hombridade" de felicitar a atual direção: "Não está em cima da mesa nenhuma eventual fusão com o PSD e isso são mais declarações que visam criar uma cortina de fumo e ruído para toldar aquilo que é evidente. Tivemos um grande resultado eleitoral e isso agora é perturbação interna que já vinha do período pré-eleitoral e que, pelo visto, está a continuar, o que eu lamento."

O vice-presidente dos centristas desmente que o Chega tenha ficado genericamente à frente do CDS nas eleições do último domingo e atribui a responsabilidade pelo crescimento do partido de André Ventura ao "discurso frouxo" da anterior direção, da qual Mesquita Nunes fazia parte.

"Esse fenómeno surge em resultado de um discurso frouxo que a anterior direção, e em particular o doutor Mesquita Nunes, tem adotado, encostando o partido muito à esquerda, e deu neste resultado o surgimento destes novos partidos no nosso espetro político. Mesquita Nunes era sempre visto como um grande ideólogo da anterior direção numa estratégia de encostar o partido à esquerda. Isso permite abrir espaço à direita para outros partidos como aconteceu", remata.

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