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O presidente do PS, Carlos César, defendeu esta segunda-feira que se deveu ao partido o aprofundamento da democracia e os avanços no combate à corrupção, embora admitindo desvios", "erros" e "omissões num ou outro momento da sua história".
"Sem iludir os desvios às melhores práticas, os erros ou omissões que num ou noutro momento da nossa história aconteceram, podemos dizer que estivemos nos impulsos da modernização essenciais e nos grandes avanços que o país conheceu", afirmou César numa sessão, em Lisboa, evocativa dos 48 anos do partido, muito centrada na experiência do poder local socialista.
Sem nunca mencionar o caso José Sócrates, o ex-líder do PS envolvido no processo Marquês, Carlos César recordou os "grandes avanços legislativos no combate pela transparência", mas também "o reforço da independência do poder judicial", os avanços no "estatuto da autonomia do Ministério Público" ou na "legislação do combate à corrupção".
Carlos César lembra lutas do PS contra a corrupção
"Esse e tantos outros avanços - é bom lembrar - deveram-se à iniciativa ou à aprovação do PS", disse César, no seu discurso de abertura, ao lado do António Costa, atual secretário-geral dos socialistas e primeiro-ministro.
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Nunca o ex-líder parlamentar dos socialistas se referiu a José Sócrates, mas a imagem do ex-primeiro-ministro, que se desfiliou do PS, surgiu num filme exibido antes da sessão, com que o partido homenageou o antigo dirigente socialista Jorge Coelho.

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