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O dever principal de um chefe militar é proteger o pessoal. A afirmação é do major general Raul Cunha, que, no Fórum TSF, defendeu que nenhum chefe militar deve arriscar a vida dos seus subordinados se não tiver material em condições.
"Há um dever dos chefes e dos responsáveis que, para mim, está acima dos outros todos: o dever de tutela sobre os seus homens. Dar aos seus homens as melhores condições possíveis para trabalhar, ter, no mínimo, o material em condições", considerou Raul Cunha.
O major general recordou um outro caso da Marinha, em que "o senhor almirante chefe do Estado-Maior da Armada, pura e simplesmente, disse que os navios não iam para o mar enquanto não fossem dados determinados meios".
"Essa é que é a postura correta. Quando forem pedidas missões que não possam ser cumpridas por falta de material, a obrigação dos chefes é dizer: 'não cumpram a missão' e não sacrificar o seu pessoal e enviá-lo a cumprir as missões sem o mínimo de equipamentos", sublinhou.
Ouça aqui as afirmações do major general Raul Cunha no Fórum TSF
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O Fórum TSF desta quarta-feira discutiu o estado das Forças Armadas portuguesas, a propósito do NRP Mondego ter abortado uma missão nas Ilhas Selvagens, na Madeira, por motivos de "ordem técnica".
Já no passado dia 11 de março, o NRP Mondego falhou uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, após 13 militares terem recusado embarcar, alegando razões de segurança.