Chega quer relator da comissão de inquérito à TAP depois de não ter apresentado oposição

Na reunião não apresentaram oposição nem alternativa, mas, 24 horas depois, o Chega considera que o PS não deve ter a presidência da Comissão de Inquérito juntamente com a relatora. André Ventura vai agora propor voltar atrás e sugerir Filipe Melo para a função.

O Chega dormiu sobre o assunto do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP e, depois de não ter manifestado oposição à escolha da socialista Ana Paula Bernardo, vem agora manifestar o interesse em ter Filipe Melo nesta função.

Depois de o assunto ter estado ao longo do dia a ser debatido pela também aparente falta de coordenação sobre este assunto no PSD (e com o PS a aproveitar para escalar o tema politicamente), é agora a vez de o Chega assumir uma posição que não fez ontem.

Nos passos perdidos da Assembleia da República, André Ventura reconhece: "Não levantámos oposição." No entanto, um dia depois, o líder do Chega vira o discurso: "Entretanto, estudámos a questão e vamos colocá-la já na primeira reunião após esta última, porque entendemos, após consulta aos serviços, que não é impossível que a distribuição do relator entre nas mesmas regras da distribuição das presidências da comissão."

Nesse sentido, o Chega vê agora que deve ser o partido a ser relator até por "ser muito mais democrático do que ser o próprio partido com presidente da comissão".

Sobre os socialistas, André Ventura diz que a acumulação das duas funções na CPI, "não permite o equilíbrio, não permite a proporcionalidade e, sobretudo, permite os abusos e permite que o PS concretize aquilo que quer: tornar o relatório final da comissão de inquérito à TAP num ataque à direita e num ataque ao Pedro Nuno Santos".

O tema será levado à reunião da próxima quarta-feira depois de ter sido consensualizado no último dia de trabalhos desta comissão que a relatora seria Ana Paula Bernardo.

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