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Depois do melhor resultado eleitoral do Livre nas eleições legislativas de janeiro, que recuperou o deputado, mesmo com toda a polémica com Joacine Katar Moreira, o partido tem pela primeira vez duas listas candidatas à direção. No congresso, que decorre em Coimbra, Rui Tavares elogiou a anterior direção e antevê o crescimento do partido, a partir da Assembleia da República (AR).
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Apesar de não ser o primeiro nome da lista A, candidata ao grupo de contacto, que é encabeçada por Teresa Mota, Rui Tavares também apresentou a moção de estratégia global que vai a votos no domingo, e começou por deixar elogios a quem "evitou a morte do partido".
Ouça aqui a reportagem da TSF
"Conseguiram derrotar várias profecias de morte e desaparecimento que foram feitas ao Livre, e conseguiram que hoje, em 2022, o Livre se apresenta com um mandato de deputado recuperado, com a credibilidade recuperada. Finalmente, temos a oportunidade de fazer crescer a esquerda verde e europeísta em Portugal", disse.
E às portas da primavera, quando surgem as papoilas, Rui Tavares antevê que "nos próximos meses o partido da papoila" vai continuar a mobilizar militantes e eleitores.
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"Quando vinha para este congresso, vi as primeiras papoilas do ano. Numa curva da estrada do Ribatejo, ainda eram só quatro ou cinco a resistir ao frio. Nos próximos meses vamos ver muitas mais", atirou.
Apesar dos bons resultados eleitoras, com um deputado na AR e um vereador em Lisboa (curiosamente, Rui Tavares acumula as duas funções), há quem peça uma maior diversidade de vozes. A número um da lista B, de oposição, Patrícia Robalo, pede renovação.

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"O Livre não pode ser um partido de lista única como foi até hoje. Não pode ser um partido de continuidade permanente, que não se renova. Critica estes aspetos nos outros, diz fazer diferente, mas reproduz os mesmos vícios", criticou.
Patrícia Robalo acrescentou que "o partido precisa de concretizar o seu potencial e trazer ar fresco na política portuguesa".
A cisão começou em setembro, com a coligação do PS e do Livre para a câmara de Lisboa, com a lista opositora a defender que o partido deveria ter concorrido sozinho, sem ser muleta do PS e de Fernando Medina.
Rui Tavares respondeu, em entrevista à TSF, que se outros partidos também tivessem integrado a coligação, "a esquerda não teria perdido a capital do país para a direita" e defendeu que a "convergência" foi o melhor caminho para Livre.
O partido conta com 290 congressistas no evento: 175 em Coimbra, e 115 à distância, através das plataformas online.

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