- Comentar
O primeiro-ministro manifestou-se esta segunda-feira tranquilo com o ritmo de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e frisou que quem tem responsabilidades executivas deve cumprir o plano sem ansiedades e sem preocupação de alimentar noticiários.
Relacionados
"Momento de criatividade." Costa desvaloriza episódio de Marcelo com ministra Ana Abrunhosa
"Não desistimos das metas." Costa quer cumprir objetivo da transição energética até 2030
Este panorama sobre a evolução da execução dos fundos comunitários em Portugal foi sustentado por António Costa em declarações aos jornalistas, em Sharm el-Sheikh, no Egito, durante o seu primeiro de dois dias de participação na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27).
Confrontado com os avisos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e de outros responsáveis políticos sobre a existência de atrasos na execução de fundos europeus por parte de Portugal, sobretudo ao nível do PRR, o líder do executivo português assegurou que está a acompanhar este processo "com muita tranquilidade".
"Um programa que é para ser executado até ao final de 2026 não é para estar concluído no final de 2022. É para ser cumprido nos exatos termos em que foi contratado e programado -- e assim está a acontecer", frisou.
Depois, António Costa estabeleceu uma diferença entre funções executivas e de fiscalização.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
"Quem gere e tem responsabilidades executivas, deve planear e executar de acordo com o plano, sem viver em ansiedades, nem com a preocupação de dar notícias ou fazer notícias para os noticiários. A nossa preocupação tem de ser executar bem estas verbas. E quem tem por função fiscalizar o trabalho dos outros deve cumprir essa função", assinalou.
Neste contexto, fez então uma referência às entidades fiscalizadoras, começando pelo Tribunal de Contas, "que verifica se os fundos estão ou não a ser bem utilizados os fundos".
"É natural que a Inspeção Geral de Finanças o faça e que o senhor Presidente da República também o faça. Quem é fiscalizado deve achar normal ser fiscalizado. Mas aquilo que deve fazer é não se distrair com as fiscalizações e concentrar-se nas ações. É para isso que servem os executivos: Agir, fazer para concretizar", acentuou.