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Depois da prisão preventiva decretada à vice-presidente do Parlamento Europeu, Eva Kaili, por alegadas ligações ao regime do Catar, António Costa falou pela primeira vez sobre o caso. Na véspera do Conselho Europeu, o primeiro-ministro apelida o caso como "lamentável".
Na Assembleia da República, para preparar o conselho europeu de quinta-feira, o primeiro-ministro foi questionado por André Ventura sobre a detenção, "que é uma vergonha para todos os partidos e para os países da Europa". Mais tarde, também Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e Rui Tavares, do Livre, pediram uma reação de António Costa ao caso.

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António Costa lembrou que a União Europeia incluiu no mandato de detenção europeu, o combate ao crime de corrupção, antes de elogiar a postura da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
"Temos que combater e quero aqui apoiar a forma inequívoca como a presidente Metsola adotou sobre este lamentável caso que foi agora conhecido", atirou.
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Detida em flagrante delito, na sexta-feira, em Bruxelas, Eva Kaili ficou em prisão preventiva juntamente com o companheiro e com o ex-deputado António Panzeri.
A polícia belga realizou buscas em 16 habitações em Bruxelas e na periferia da cidade, apreendeu um total de 600 mil euros em dinheiro, telemóveis e equipamento informático. As autoridades suspeitam de ligações ao regime do Catar, Eva Kaili afirmou, recentemente, que o país é um "pioneiro nos direitos dos trabalhadores".

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