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Apesar da agitação no Governo, o primeiro-ministro anda no terreno a promover o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e em fuga aos jornalistas, não respondendo a questões sobre o tema quente do momento. Em vez disso anunciou um aumento de 30% no número de camas para idosos em residências. Tudo graças aos fundos europeus. E ainda lembrou que a pandemia veio acelerar as respostas.
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"Como é que respondemos, como é que resolvemos. Presumo que quem tenha fé tenha tido essa ajuda, quem não a tem, tem uma crença muito grande na capacidade do ser humano. Entre a fé e a convicção no ser humano fomos vencendo essa situação difícil", afirmou António Costa.
Com fé ou sem ela, as camas nas residências para os mais velhos vão crescer significativamente graças aos fundos europeus.
Ouça a reportagem de Filipe Santa-Bárbara
"Aumentar 30% resolve tudo? Não, mas significa um avanço muito significativo", defendeu o primeiro-ministro.
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Com o ano de 2026 a ser vital para tanta coisa na vida do país, António Costa deixou um lembrete.
"O mundo não vai acabar em 2026, não é preciso ser otimista para acreditar nisso. Depois de 2026 teremos de continuar a trabalhar para outras respostas. Agora é muito importante aquilo que vamos conseguir fazer. Nunca teríamos a capacidade de, em tão pouco tempo, aumentar em 30% a oferta de camas para idosos se não tivéssemos o Plano de Recuperação e Resiliência", sublinhou.

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E é no PRR e na execução de fundos que o primeiro-ministro continua centrado, com polémicas à parte neste dia em que as Janeiras pretendem desejar um feliz ano novo. Algo de que o Governo está, de facto, a precisar.
Já para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, esta sexta-feira, Dia de Reis, "é um momento para agradecer à grande capacidade que o setor social tem tido em estar presente e em plena pandemia não baixar os braços".
"Hoje só estamos aqui graças a vós, graças a um momento tão crítico como a pandemia e por terem arriscado e decidido investir para conseguir uma resposta social diferenciadora", disse, adiantando que a pandemia mostrou de uma forma evidente que "ninguém se salva sozinho e de como o Estado social é determinante para responder em momentos críticos mas também em momentos estruturais".
Segundo o presidente da direção do Centro Paroquial padre Ricardo Gameiro, o projeto para o espaço agora inaugurado começou há seis anos com a compra do terreno e surge face à necessidade de dar respostas às listas de espera existentes numa área com uma população muito envelhecida.
O padre José Pinheiro explicou que a obra, desde o concurso à adjudicação, durou dois anos e que a nova estrutura está localizada no coração da cidade de Almada, permitindo que as pessoas a acolher estejam enquadradas no seu bairro e junto das famílias.