Costa mantém "confiança política" no secretário de Estado adjunto envolvido em polémica

Primeiro-ministro assinala que "não há nenhum membro do Governo" em funções no qual não confie.

António Costa garante que mantém a "confiança política" no secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, que está a ser investigado pelo Ministério Público por um contrato que assinou quando era autarca em Caminha. O primeiro-ministro insiste que a política não deve interferir na justiça, na qual os portugueses "devem ter confiança".

De acordo com o Público, quando era presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves fez um "adiantamento duvidoso" de 300 mil euros a uma empresa, sem garantias, para um projeto que dois anos depois ainda não existe. A empresa tem apenas um acionista e foi criada poucas semanas antes do concurso.

Questionado pelos jornalistas, já depois de se ter recusado a falar sobre o caso, o primeiro-ministro lembrou que tem um principio "que adotou quando tomou posse para o Governo: a justiça trata da justiça, a política trata da política".

"Sou primeiro-ministro e não me compete comentar os casos que estão na justiça, tenho total confiança nas instituições da justiça, como os portugueses devem ter, para que cumpram a sua função", acrescentou.

E, sobre a confiança política no secretário de estado, António Costa assume que "não há nenhum membro do Governo, que se mantenha em funções, em que não mantenha a confiança".

"Isso é evidente", concluiu.

Miguel Alves tomou posse como secretário de estado adjunto há pouco mais de um mês, deixando a autarquia de Caminha após sete anos e no terceiro mandato. O secretário de Estado é visto com um "homem de confiança" e próximo de António Costa.

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