- Comentar
É um recado e uma informação: António Costa garante que a execução dos fundos comunitários está a correr como deveria e que a Comissão Europeia deverá validar, em breve, o pagamento da segunda tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Relacionados
CCDR: Costa quer todas as entidades regionais a remar "para o mesmo lado"
PSD questiona Governo sobre computadores financiados pelo PRR por entregar
Num discurso sem gravata, ou seja, como secretário-geral do PS, Costa lembra que o PRR é "um enorme desafio que foi colocado ao país" e que, quando surgiu, "muitos até disseram que ia ser impossível acabar de cumprir o PT2020, cumprir o PRR e arrancar com o PT2030". "Felizmente, já todos ultrapassaram esse pessimismo e, agora, o que apontam é uma execução baixa do PRR", destaca.
E para a oposição, Costa deixa o recado: "Como se enganaram da primeira vez, enganam-se agora da segunda vez. O PRR está a ser executado a par e passo de acordo com o calendário contratado com a Comissão Europeia, foi por isso que recebemos a primeira tranche, porque cumprimos todas as metas e marcos com que nos tínhamos comprometido para o efeito."
António Costa realça ainda que a Comissão Europeia já tem em mãos o "relatório demonstrativo" de que o país já cumpriu as metas e marcos com que se tinha comprometido, deixando a certeza de que, "muito brevemente, a Comissão Europeia validará as nossas metas e os nossos marcos e procederá ao pagamento da segunda tranche do PRR".
No discurso que fez enquanto secretário-geral socialista, Costa escuda-se ainda na Comissão Europeia para se defender de críticas realçando que Bruxelas "referiu que Portugal tem sido dos países com melhor taxa de execução dos fundos comunitários, com menor taxa de irregularidades na execução dos fundos comunitários e que temos todas as condições para chegar ao final do próximo ano e termos cumprido integralmente o PT2020 com o qual estávamos comprometidos".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Concluir os fundos a "tempo e horas" é aquilo que continua a prometer António Costa contra todas as críticas da oposição e recados até de Belém. Isto porque o tema dos fundos europeus é bastante caro a Marcelo Rebelo de Sousa que, ainda no início do mês, fez declarações polémicas de que não perdoaria uma ministra da República se descobrisse, algum dia, que "a taxa de execução dos fundos não é a que deveria ser".