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As recentes demissões no Governo não passam ao lado da CGTP e da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP). A central sindical afirma que nada muda nas negociações nas propostas apresentadas ao Governo, enquanto a CCP teme que a instabilidade chegue às empresas e à economia.
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"Para a CGTP é evidente que não é indiferente a instabilidade que tem havido no Governo, nomeadamente com as causas que têm tido, mas é verdade que a negociação e as propostas que apresentamos são ao Governo, não à pessoa A, B ou C", refere a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, à TSF.
Ouça as declarações de Isable Camarinha à TSF.
A sindicalista refere que "a estabilidade não se afere por o Governo ter maioria absoluta ou por haver mais ou menos demissões", mas sim "por uma política que vá no sentido do desenvolvimento do país, da valorização do trabalho e dos trabalhadores".
"Será isso que vamos continuar a exigir do Governo, sejam quem forem os ministros e os secretários de Estado que estejam à frente das várias pastas", assume a secretária-geral da CGTP.
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Pelo seu lado, João Vieira Lopes, presidente da CCP, teme que as mudanças no Governo afetem a economia e as empresas.
"Para as empresas e para a economia, a instabilidade governativa é negativa. Independentemente das políticas, nós precisamos sempre de ter alguma previsibilidade e, se possível, ter os mesmos interlocutores durante um tempo bastante razoável", refere à TSF.
Em declarações à TSF, João Vieira Lopes fala das preocupações da CCP.
O líder da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal diz que a pasta das Infraestruturas "interessa bastante".
"Por isso, esta situação preocupa-nos e estranhamos que, sucessivamente, este tipo de casos que aparecem, em geral, revelem que não há um escrutínio adequado das pessoas antes de serem convidadas para os lugares do Governo", considera João Vieira Lopes.