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Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar os resultados eleitorais, remetendo para os partidos políticos, mas sublinhou que, com os desafios que se adivinham para o futuro, não faz sentido que existam crises políticas.
"Não tenho nada a dizer, só que estamos numa legislatura que termina em 2023. Os próximos anos são fundamentais e crises políticas nos próximos anos não fazem sentido. As pessoas entendem a recuperação apenas no sentido de remendar e retocar aquilo que ficou atingido e destruído pela pandemia. Tem de ser mais do que isso, a ideia não é regressar ao que era antes da pandemia. É trazer para o futuro mais e melhor com as lições da pandemia", explicou.
Sobre o novo Aeroporto de Lisboa, o Presidente reconheceu que esperava que tudo ficasse decidido num prazo mais curto.
"Como em tudo na vida é evidente que o adiamento de decisões só complica, não descomplica, mas isto é um princípio político que apliquei e dei assim um horizonte amplo porque o mandato termina em março de 2026. Com a pandemia, as pessoas acharam que esta preocupação era secundária. Não vai haver turistas e, não havendo turistas, não é necessário um novo aeroporto. Não sendo necessário um novo aeroporto podemos decidir um dia mais tarde, quando houver turistas e, de repente, o turismo aumenta, as solicitações aumentam e reinicia-se um processo que, por natureza, demora muitos anos", defendeu o Presidente da República.

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Já o presidente do Conselho de Administração da ANA - Aeroportos de Portugal disse que Portugal não deve ter uma nova infraestrutura aeroportuária antes de 2035/2040 e pediu uma solução política célere.
"A única solução que tem declaração de impacte ambiental é o Montijo, que pode ser construída amanhã. De Alcochete não sabemos e a nova versão do Montijo também não. Portanto, é preciso que haja esse estudo, que o poder político e os partidos se entendam sobre a convergência e nos deem a possibilidade e nos deixem construir", frisou.
