Crises "são recorrentes." Costa pressiona por mecanismo europeu de estabilização permanente

António Costa argumenta que faltou "claramente" um mecanismo desta natureza na crise de 2011 e que, por outro lado, foi a existência do SURE que permitiu recuperar do efeitos económicos da Covid "como muito poucos acreditavam".

O primeiro-ministro lamentou esta sexta-feira o que identificou como uma "lacuna que importa preencher" no documento que saiu da reunião dos chefes de Estado e de Governo europeus que terminou esta manhã em Bruxelas: a ausência de um mecanismo europeu de estabilização permanente.

Numa conferência de imprensa que começou ao mesmo tempo que aquela em que os ministros das Finanças, Presidência e Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciavam, em Lisboa, medidas para mitigar o aumento do custo de vida, o primeiro-ministro alertou que as crises "não são permanentes, mas são recorrentes" e, por isso, é necessário garantir um mecanismo europeu "que possa ser ativado sempre e quando necessário".

Costa argumenta que faltou "claramente" um mecanismo deste tipo "na crise financeira de 2011" e que a existência do instrumento de apoio temporário para atenuar os riscos de desemprego numa situação de emergência (SURE) foi "muitíssimo importante para salvar milhões de postos de trabalho e empresas" durante a crise da Covid-19.

Este mecanismo, alertou também, permitiu "uma recuperação pós-Covid como muito poucos acreditavam que seria possível".

O primeiro-ministro português defendeu também não fazer sentido a ausência de uma "separação de mercados" de eletricidade em função da fonte de produção, tendo em conta que as fontes renováveis "já são maduras" e têm agora custos "muitíssimo inferiores".

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